LICOES QUE O BLOQUEIO DO X TWITTER ENSINA AOS NEGOCIOS

No dia 30 de agosto de 2024, sexta-feira, exatamente às 23:59, o X, antigo Twitter, foi bloqueado em todo o território brasileiro por determinação do Supremo Tribunal Federal, através de uma ordem do ministro Alexandre de Moraes.

Esse bloqueio foi motivado por uma série de desobediências legais por parte da plataforma, que incluiu a recusa em remover conteúdos ofensivos e a falta de um representante legal no país.

Com o bloqueio as campanhas de marketing, os contatos com clientes, as conversas estratégicas foi tudo paralisado de uma hora para outra.

Imagine o impacto para milhares de empreendedores que dependem dessas redes sociais – e, principalmente, do X – para gerar visibilidade, engajar o público, e vender seus produtos e serviços. Tudo parado!

E mais: como essa situação reflete no mercado empresarial como um todo? Como os negócios que utilizam essa rede vão se adaptar?

São muitas perguntas, e o que está em jogo é mais do que apenas respostas. São as ações rápidas e estratégicas que os negócios e empreendedores terão de adotar.

Por isso, vamos entender quais lições o bloqueio do X nos ensina e como nos precavermos que algo assim possa acontecer nos nossos negócios.

O twitter no Brasil

Com o X fora do ar, os negócios que dependiam da plataforma para suas estratégias de marketing e comunicação enfrentam desafios imediatos e significativos. Desde pequenas startups que usavam a rede para ganhar visibilidade até grandes corporações que dependiam do X para se conectar diretamente com seu público, todos foram impactados.

Mas qual é o real impacto disso no cenário de empreendedorismo e negócios no Brasil?

Embora o X esteja longe de ser a rede mais acessada pelos brasileiros, sua retirada do ar no país afeta campanhas de anunciantes que usam a rede social em estratégias de gestão de marca e para alcançar usuários da geração Z.

O número de usuários da rede social X, vem caindo gradativamente desde 2022 no Brasil. Este ano, a plataforma tinha projeção de se manter com 40,5 milhões de usuários ativos no país, 1,1 milhão a menos do que em 2023, segundo dados da consultoria eMarketer.

Mesmo representando uma redução em comparação a 2023, essa base de usuários não é desprezível, especialmente considerando que 26% dos brasileiros que usam redes sociais acessam o X regularmente.

Eu mesmo sou um usuário assíduo desta rede, utilizando-a diariamente para me manter informado sobre assuntos de interesse quase em tempo real. 

Essa conectividade em tempo real é um dos maiores atrativos da plataforma, tanto para usuários quanto para negócios que precisam responder rapidamente às demandas e expectativas de seus clientes.

Mas o bloqueio traz à tona a necessidade urgente de repensar como nos comunicamos com nosso público-alvo. Sim, as redes sociais são importantes para qualquer negócio, mas concentrar todos os esforços em uma única plataforma é arriscado.

Com o X fora do ar, os negócios agora precisam migrar rapidamente para outras redes sociais, reestruturar suas campanhas e reavaliar como o marketing digital é feito no Brasil. 

E, falando em marketing digital, mesmo com a queda no investimento publicitário desde a compra do Twitter por Elon Musk, a presença no X ainda era uma parte importante do mix de marketing para muitas empresas.

Lembro-me de inúmeras vezes em que vi consumidores recorrendo ao X para reclamar de um serviço ou produto, marcando a @ das empresas em suas postagens para buscar uma solução. Era comum que essas reclamações fossem atendidas rapidamente, tornando o X um importante canal de comunicação entre consumidores e empresas. 

Vamos então entender quais são as lições que devemos levar para nossos negócios.

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Não concentrar todas as operações em único canal

Quando os negócios concentram todas as suas operações em um único canal, expõem-se a riscos que podem ser devastadores. 

O bloqueio do X no Brasil serve como um alerta para todos os negócios que dependem fortemente de uma única plataforma para suas estratégias de marketing, comunicação e operações.

O risco de concentrar todas as operações em um único canal é claro: basta um evento inesperado, como uma mudança regulatória, um ataque cibernético ou uma decisão judicial, para interromper completamente o contato com seu público-alvo.

Situações de risco semelhantes podem ocorrer com negócios que dependem exclusivamente de um único canal de vendas online, como uma plataforma de e-commerce, ou com aqueles que não possuem backup de seus dados financeiros e dependem exclusivamente de um único prestador de serviços. Da mesma forma, empresas que centralizam o ponto de contato com os clientes em uma única plataforma ou software podem enfrentar esse mesmo problema.

Em todas essas situações, a ausência de um plano de contingência ou de uma solução alternativa pode resultar em prejuízos imensuráveis para os negócios.

Diversificação

Diversificar significa expandir e distribuir suas operações, comunicação e estratégias por diferentes canais, plataformas e tecnologias, minimizando a dependência de qualquer uma delas, principalmente hoje, onde muitos negócios utilizam soluções digitais em nuvem.

No campo do marketing digital, isso significa não apostar todas as fichas em uma única rede social. Além do X, é crucial que as empresas tenham uma presença forte em outras plataformas, como o YouTube, e até mesmo em redes emergentes que possam alcançar diferentes segmentos do público.

Além das redes sociais, investir em estrutura própria como um site, blog e lista de uma lista de e-mails, é essencial. Esses são ativos que o negócio controla diretamente e que não estão sujeitos a mudanças repentinas nas políticas ou problemas técnicos de terceiros.

Para os negócios que centralizam suas operações em uma única plataforma ou tecnologia, está na hora de repensar. Diversificar não é apenas uma precaução, é uma estratégia de sobrevivência.

Aproveitando o assunto, quero deixar a indicação da Leadlovers a plataforma que utilizo para gerenciar minha lista de e-mails e enviar conteúdo relevante para meus assinantes. Se tiver interesse em conhecer a plataforma, acesse aqui e descubra como a Leadlovers pode ajudar os negócios.

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Multicanalidade no atendimento ao cliente

Não se limite a um único ponto de contato, como uma linha telefônica ou uma conta de redes sociais. Inclua chatbots em seu site, ofereça suporte por e-mail e, se possível, utilize ferramentas de atendimento via WhatsApp. Essa variedade de canais garante que o cliente sempre tenha uma forma de entrar em contato, mesmo que uma opção específica não esteja disponível.

No que se refere à gestão operacional, se o seu negócio depende de um software específico para gerenciar operações ou dados financeiros, considere ter uma solução alternativa pronta para ser implementada em caso de emergência. Backups regulares e sistemas de redundância ajudam a proteger dados críticos e garantem que o negócio possa continuar operando mesmo diante de falhas inesperadas.

Possuir planejamento e redundância

E por último, mas não menos importante, adote uma mentalidade de planejamento contínuo. Revisite regularmente suas estratégias de contingência, teste a eficácia de suas alternativas e mantenha-se atualizado sobre novas tecnologias e plataformas que possam fortalecer seu negócio. 

E em cenários dinâmicos, sujeitos a regulação e eventos inesperados, uma coisa é certa: Os negócios que sobreviverão e prosperarão são aqueles que estiverem preparados para o inesperado. 

Então, não espere pelo próximo bloqueio ou falha para tomar uma atitude. Este é o momento de fortalecer e inovar, garantindo que, aconteça o que acontecer, o seu negócio esteja preparado para continuar operando.

Agora é a hora de olhar para dentro do negócio, avaliar as contingências e revisar as estratégias digitais, porque no mundo dos negócios, estar preparado não é apenas uma opção, é uma necessidade!

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