6 KPIS FINANCEIROS QUE TODO EMPREENDEDOR DEVE ACOMPANHAR NOS NEGÓCIOS

Você sabe o que são kPIS financeiros e o que eles podem ajudar os nosso negócios?

Os KPIs financeiros, são números simples de acompanhar que podem revelar tudo que se precisa saber para tomar as decisões certas no dia a dia dos negócios. Números que mostram claramente se está no caminho do crescimento… ou se, sem perceber, está afundando.

Os KPIs financeiros são como bússolas, guiando empreendedores e gestores em direção a um gerenciamento empresarial e financeiro mais inteligente e eficiente.

E hoje, vou te ensinar como calcular e acompanhar os KPIs financeiros mais importantes para o sucesso do seu negócio.

KPIS FINANCEIROS QUE TODO EMPREENDEDOR DEVE ACOMPANHAR NOS NEGÓCIOS

KPIS FINANCEIROS

Os KPIs –  do inglês Key Performance Indicator, ou Indicadores-Chave de Performance — surgiram da necessidade de monitorar o desempenho de empresas em suas diferentes áreas. 

No passado, o sucesso de um negócio era medido de forma muito simples: se as vendas aumentavam, tudo parecia estar bem. Mas com o tempo, ficou claro que esse era apenas um pedaço da história.

Isso é a mesma coisa de dirigirmos um carro apenas olhando para o velocímetro. Ele te mostra a velocidade, mas isso é suficiente para garantir que você chegará ao seu destino em segurança? 

E da mesma forma, são nos negócios, outras variáveis precisam ser consideradas, e é aí que os KPIs financeiros entram em cena. Eles são como os diversos mostradores de um painel de controle, cada um indicando um aspecto essencial dentro dos negócios, oferecendo uma visão clara e objetiva do que está funcionando, o que precisa de ajustes e até onde os riscos estão se acumulando.

Esses indicadores financeiros começaram a ser amplamente utilizados quando as empresas perceberam que precisavam de mais do que apenas números de vendas para entender seu verdadeiro desempenho. Eles queriam saber como estavam gerenciando seus recursos, como suas operações impactavam o lucro e o que poderiam fazer para otimizar resultados.

E foi assim que os KPIs começaram a ser adotados em áreas como finanças, marketing, produção e recursos humanos. Mas, no caso dos KPIs financeiros, o impacto é ainda mais imediato. 

Eles não apenas ajudam a medir o desempenho da empresa, mas também a tomar decisões que podem literalmente determinar o sucesso ou fracasso do negócio. Com o acompanhamento certo, os KPIs financeiros mostram onde ajustar as operações, onde investir e, principalmente, como proteger o lucro.

E para entender tudo isso, vamos começar a estudar os KPIs financeiros que podem ser aplicados aos negócios.

Leia Também: 4 SINAIS QUE SEU NEGÓCIO PRECISA DE AJUDA COM AS FINANÇAS

KPI Financeiro – Faturamento

O faturamento é o pulso do negócio — ele é o primeiro número que devemos analisar para entender se tudo está caminhando na direção certa. 

O faturamento demonstra quanto a empresa vendeu em um determinado período, seja um mês, um trimestre ou até um ano. Ou seja, é a soma de todas as vendas realizadas, sem descontar impostos, devoluções ou quaisquer outras despesas.

Por isso, o faturamento deve ser o ponto de partida para entender o desempenho financeiro dos negócios. Se ele está crescendo de forma consistente, é sinal de que o negócio está no caminho certo. No entanto, se está estagnado ou em queda, é um alerta de que algo precisa ser investigado e corrigido.

Acompanhar esse indicador financeiro é muito simples: basta somar todas as vendas efetuadas durante o mês. Repetindo isso mês a mês, podemos observar oscilações e identificar tendências.

Por exemplo, se o faturamento está crescendo, podemos considerar expandir o negócio, aumentar o estoque ou investir mais em marketing. Se o faturamento está caindo, é hora de revisar a estratégia: será que os preços estão competitivos? O atendimento ao cliente está satisfatório? Há concorrência oferecendo algo mais atraente? E por aí vai!

Outro ponto importante que podemos trazer junto ao faturamento é entender se ele é sazonal ou recorrente. 

Em negócios como academias, plataformas de assinatura ou escolas, por exemplo, é possível prever faturamentos futuros com base nos contratos já assinados. Isso oferece uma maior previsibilidade e segurança no planejamento financeiro, permitindo investir em novas áreas ou controlar melhor o fluxo de caixa.

Com o acompanhamento constante do KPI de faturamento, podemos estabelecer metas para os próximos meses e monitorar sua realização, gerando ainda mais controle e previsibilidade sobre a geração de receita para o negócio.

Mas lembre-se: crescimento de faturamento deve ser acompanhado de um crescimento saudável no lucro. Caso contrário, você pode estar vendendo mais, mas com margens apertadas ou até prejuízo.

KPI Financeiro – Lucro Líquido

Se o Faturamento é o pulso do negócio, o Lucro Líquido é o coração. Ele é o que realmente importa ao final do dia, pois mostra quanto dinheiro realmente sobra depois de todos os custos e despesas. Não adianta ter um faturamento alto se, no fim das contas, pouco ou nada desse valor está realmente ficando no caixa.

Para calcular o Lucro Líquido, basta subtrair do faturamento, que expliquei anteriormente, todos os custos, despesas e impostos que o negócio gerou no mês, independente se foram pagos ou não.

LUCRO LÍQUIDO = FATURAMENTO – CUSTOS – DESPESAS – IMPOSTOS 

Este KPI é fundamental para medir a saúde financeira do negócio, se o lucro líquido for consistente e crescente, o negócio está no caminho certo para reinvestir, expandir ou até distribuir dividendos. Mas se o lucro está em queda ou é muito volátil, é hora de agir.

Por exemplo, se o negócio teve um faturamento de 50 mil no último mês, mas, ao subtrair todas as despesas, incluindo aluguel, salários, marketing, custos e impostos, chega a um Lucro Líquido de 5 mil. Esse valor representa a real geração de riqueza do negócio.

  • FATURAMENTO = $ 50.000
  • GASTOS/IMPOSTOS = $ 45.000
  • LUCRO LÍQUIDO = $ 5.000

Para entendermos se esse valor de lucro é bom, podemos calcular o INDICADOR DE MARGEM DE LUCRO LÍQUIDO, que indica a porcentagem do faturamento que se transforma em lucro.

Considerando o nosso exemplo, para descobrirmos a margem de lucro líquido, basta dividir o valor do lucro líquido de 5 mil pelo valor do faturamento de 50 mil e multiplicar por 100.

MG LUCRO LÍQUIDO = $ 5.000 / $ 50.000 = 0,10 x 100% = 10%

Assim temos o percentual de 10% que é um indicador de lucratividade dos negócios que possibilita avaliar se o negócio é viável e competitivo. Quanto maior a lucratividade, mais competitivo é o negócio porque sobra mais dinheiro no caixa para ser reinvestido.

Uma dica é estabelecer uma meta de lucratividade e acompanhar o seu cumprimento mensalmente e avaliar esse resultado para adequar os custos e as vendas quando for necessário.

Leia Também: 6 ESTRATÉGIAS para CUIDAR MELHOR do DINHEIRO do NEGÓCIO

KPI Financeiro – Prazo Médio de Recebimento

Esse indicador responde a uma pergunta essencial para a saúde financeira dos negócios:

Em quanto tempo o dinheiro das vendas realmente entra no caixa?

Não adianta vender muito se o dinheiro demora demais para entrar!

Os negócios precisam de liquidez, ou seja, precisam ter capacidade de pagar suas contas no curto prazo, e o principal recurso para isso são os valores que vêm das vendas realizadas.

Por isso, o prazo médio de recebimento é importante, porque demonstra quantos dias, em média, o negócio demora para receber pelas vendas realizadas a prazo. E, obviamente, quanto maior for esse prazo, maior o risco de problemas no fluxo de caixa.

Vamos ver como calcular isso de maneira bem prática.

Imagine o seguinte cenário:

No último mês, um negócio realizou 60 mil em vendas, sendo que 35 mil foram a prazo e, agora, ao final do mês, as contas a receber somam 46 mil, ou seja, além dos 35 mil de vendas do mês, ainda há 11 mil de vendas a prazo feitas em meses anteriores.

Contas a receber do período = $ 35.000 + $ 11.000 = $ 46.000

Agora, para calcular o Prazo Médio de Recebimento, vamos dividir o valor total das contas a receber pelo faturamento a prazo e multiplicar pelo número de dias do período (que nosso exemplo refere-se a 30 dias).

PMR = (CONTAS A RECEBER / FATURAMENTO A PRAZO) x 30

Aplicando os números do nosso exemplo, fica assim:

Contas a receber de 46 mil dividido pelo faturamento a prazo de 35 mil, é igual a 1.3142, que multiplicado por 30 dias é igual a 39,42, ou arredondado 40 dias.

PMR = ($ 46.000 / $ 35.000) = 1,314 x 30 dias = 39,42 ou 40 dias

Isso significa que, em média, o negócio está levando 40 dias para receber pelas vendas a prazo.

Tá! Mas por que isso é importante?

Porque, suponha que o negócio leva esses 40 dias para receber pelas vendas a prazo, mas as contas a pagar mais importantes vencem a cada 30 dias. Isso gera um descasamento de 10 dias no fluxo de caixa. Ou seja, durante o período desses 10 dias o negócio precisa de dinheiro para pagar as contas ou vai começar a atrasar pagamentos..

Entendeu como isso é importante?

É uma questão de gestão financeira e comercial, que é adequar o prazo de recebimento às necessidades do negócio e as práticas de mercado, para que não interfira na performance das vendas ao ponto de gerar o problema de queda no faturamento.

KPI Financeiro – Prazo Médio de Pagamento

O prazo médio de pagamento, indica o tempo médio que a empresa leva para pagar seus fornecedores e outros compromissos financeiros.

Esse KPI é fundamental porque está diretamente relacionado ao controle de caixa. Se o prazo médio de pagamento for maior, significa que a empresa consegue manter o dinheiro em caixa por mais tempo, o que pode ser positivo para a liquidez. 

Mas atenção: prazos muito longos podem comprometer o relacionamento com os fornecedores, especialmente se houver atrasos no pagamento. 

O cálculo do Prazo Médio de Pagamento é simples. Basta dividir o total de contas a pagar pelo valor das compras a prazo realizadas em um determinado período (geralmente um mês) e multiplicar por 30 dias.

PMP = (CONTAS A PAGAR /COMPRAS A PRAZO) X 30

Então, se durante um mês o negócio comprou 50 mil em mercadorias a prazo, e ao final do mês ainda tenha 40 mil em contas a pagar, dizemos que temos que o prazo médio de pagamento é de 24 dias

PMP = ($ 40.000 / $ 50.000) = 0,80 x 30 = 24 dias

Ou seja, em média, a empresa está levando 24 dias para pagar seus fornecedores.

Agora atenção para uma observação importante!

Ao calcular o prazo médio de Pagamento, não considere gastos de consumo como água, luz, telefone, nem outras contas que tenham vencimento fixo, como a cada 30 dias. O foco deve estar nas compras de mercadorias ou insumos para venda ou produção, pois isso reflete melhor os prazos concedidos pelos fornecedores.

Caso o prazo médio de pagamento seja menor que o prazo médio de recebimento que calculamos anteriormente, significa que a empresa está pagando suas obrigações antes mesmo de receber pelas vendas, o que exige que o negócio tenha um valor de capital de giro suficiente para cobrir esse gap.

Por outro lado, se o prazo médio de pagamento for maior que o prazo médio de recebimento, a empresa tem mais “fôlego” para administrar o fluxo de caixa e se planejar melhor.

Leia Também: APRENDA definitivamente a controlar os pagamentos no seu negócio

KPI Financeiro – Rotatividade de Estoque

Esse indicador mostra quantas vezes, em média, o estoque é renovado dentro de um determinado período, seja mensal ou anual, dependendo do tipo de negócio.

Conhecer o indicador de rotatividade de estoque é importante, para os negócios dimensionarem seus estoques, evitando gasto excessivo com a sua reposição, imobilização do capital de giro, obsolescência do produtos, atingimento do prazo de validade e nos fatores mercadológicos.

Para calcular esse indicador, basta dividir o CMV – Custo da Mercadoria Vendida, pelo estoque médio auferido ao final do período. 

ROTATIVIDADE DE ESTOQUE = CMV / ESTOQUE MÉDIO

De maneira gerencial, os negócios podem considerar o CMV como sendo o valor impresso nas notas fiscais de compra de mercadoria.

Já para encontrar o estoque médio basta pegar o valor do estoque inicial e final do período analisado, somar e dividir por 2.

ESTOQUE MÉDIO = ESTOQUE INICIAL + ESTOQUE FINAL / 2

Vamos usar um exemplo para simplificar:

Suponha que, no último ano, o Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) da empresa foi de 300 mil, e o estoque médio foi de 50 mil. Assim, aplicando a fórmula, teríamos, que rotatividade é igual a 6.

ROTATIVIDADE DE ESTOQUE = $ 300.00 / $ 50.000 = 6

Isso significa que, em média, o estoque foi renovado 6 vezes no ano, ou seja, a empresa comprou, vendeu e voltou a comprar 6 vezes durante um ano.

Quanto maior a Rotatividade de Estoque, melhor, pois isso indica que o estoque está bem administrado e os produtos estão sendo vendidos rapidamente.

No entanto, é importante prestar atenção quando a rotatividade é muito alta, pois isso pode sugerir que o estoque está baixo demais, e a empresa corre o risco de não conseguir atender à demanda, o que pode resultar em perda de vendas.

Para entender se a rotatividade do estoque está dentro dos padrões aceitáveis, é essencial compará-la com a média do setor em que o negócio opera.

Agora, se  você deseja calcular a rotatividade de estoque de um produto específico, basta usar a mesma fórmula, substituindo o CMV pelo volume de vendas do item e dividindo pelo valor do estoque médio daquele produto.

KPI Financeiro – Retorno Sobre Investimento (ROI)

De maneira geral, o ROI é uma métrica para avaliar o retorno sobre o investimento realizado em um negócio com base no lucro gerado. Hoje, porém, vamos usá-lo para algo mais específico: 

Vamos utilizá-lo para entender se um investimento dentro do negócio está realmente valendo a pena ou se está drenando recursos sem entregar os resultados esperados.

Em outras palavras, vamos responder o quanto um investimento dá de retorno para cada real investido.

Para calcular o ROI, subtraímos do ganho obtido, o valor do investimento, o resultado dividimos pelo valor investido e multiplicamos por 100.

ROI = (GANHO OBTIDO − INVESTIMENTO) / INVESTIMENTO ​× 100

Vamos a um exemplo prático:

Vamos dizer que o negócio, investiu 50 mil em uma campanha de marketing com objetivo de aumentar as vendas. Como resultado, houve o incremento de 80 mil nas vendas.

Logo, trazendo esses números para a fórmula do ROI, temos:

  • Ganho obtido: $ 80.000
  • Investimento: $ 50.000
  • Resultado: $ 30.000

Logo,

ROI = ($ 80.000 – $ 50.000) = $ 30.000 / $ 50.000 = 0,60 x 100 = 60%

Isso significa que, para cada real investido na campanha de marketing, o negócio teve retorno adicional de 60 centavos além do valor investido.

Perceba que o cálculo do ROI, oferece aos empreendedores e/ou gestores uma visão clara e objetiva dos investimentos realizados, seja no marketing, novos produtos, treinamento ou infraestrutura. E mais, quando calculado de maneira preditiva, com estimativas realistas, o ROI ajuda a analisar quais investimentos têm potencial para trazer mais retorno ao negócio e quais podem acabar drenando o caixa.

No entanto, é importante lembrar que o ROI sozinho não deve ser a única métrica a ser considerada ao avaliar o desempenho de um investimento. Ele deve ser analisado em conjunto com outros KPIs financeiros, como lucro líquido, faturamento e custos operacionais, para uma visão completa da saúde financeira do negócio e do investimento.

Além disso, diferentes setores podem ter diferentes expectativas de ROI, e o tempo para alcançar o retorno também pode variar. Por isso, devemos contextualizar o indicador dentro da realidade do negócio e do mercado em que estivermos atuando.

Leia Também: GESTÃO DO CAPITAL DE GIRO NAS EMPRESAS

Te mostrei alguns dos vários KPIs que um negócio pode utilizar para acompanhar sua saúde financeira e performance. No entanto, antes de implantar qualquer indicador, empreendedores e gestores devem responder a uma importante pergunta:

O que eu preciso acompanhar e o que espero que este indicador revele sobre o meu negócio?

Com essa pergunta respondida, é hora de escolher os indicadores que realmente fazem sentido para seu acompanhamento e, a partir disso, estabelecer metas claras que ajudem a melhorar o desempenho do negócio.

Mas tem algo que não pode ser ignorado: A organização financeira. 

Sem organização financeira, calcular e acompanhar qualquer indicador se torna uma tarefa difícil. É a organização financeira que simplifica a coleta de dados e garante que se tenha tudo à mão para monitorar os indicadores de forma eficaz.

E é aí que a Treina Mais pode te ajudar! 

Com o nosso Treinamento Online de Controles Financeiros para Empresas, você vai aprender de forma simples e  prática como implantar os controles financeiros essenciais para manter as finanças em ordem, tornando o cálculo desses KPIs financeiros algo natural no seu dia a dia.

Para conhecer nossos cursos e treinamentos, acesse o link abaixo.

CONTROLES FINANCEIROS PARA EMPRESAS 2.0

0 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Solicitar exportação de dados

Use este formulário para solicitar uma cópia de seus dados neste site.

Solicitar a remoção de dados

Use este formulário para solicitar a remoção de seus dados neste site.

Solicitar retificação de dados

Use este formulário para solicitar a retificação de seus dados neste site. Aqui você pode corrigir ou atualizar seus dados, por exemplo.

Solicitar cancelamento de inscrição

Use este formulário para solicitar a cancelamento da inscrição do seu e-mail em nossas listas de e-mail.