6 VERDADES sobre ORÇAMENTO EMPRESARIAL

Você quer saber o segredo dos negócios bem-sucedidos? Então fique neste artigo, porque vou te contar as 6 verdades sobre orçamento empresarial, que podem fazer a diferença entre o sucesso duradouro e a luta constante em busca de um lugar ao sol.

Sim, eu sei, orçamento pode parecer uma palavra chata, algo que só os contadores entendem. 

Mas acredite, entender e dominar essa ferramenta é o que diferencia os negócios de sucesso dos que apenas sobrevivem no mercado.

O orçamento empresarial

Ainda hoje, muitos empreendedores encaram o orçamento como um mal necessário, uma planilha entediante que só serve para mostrar para onde vai o dinheiro. Mas hoje, vou mostrar que o orçamento vai muito além disso.

Imagine o orçamento como um mapa do tesouro. Se você souber interpretá-lo corretamente, vai descobrir os caminhos para a estabilidade financeira, crescimento consistente e, claro, o tão desejado lucro.

Não estou falando apenas de números! 

Estou falando de planejamento estratégico, de metas alcançáveis, de entender para onde cada centavo vai e como ele pode voltar multiplicado para o seu negócio.

Porque no mundo dos negócios, não existe uma fórmula mágica que levará os negócios ao lucro. Mas existe o orçamento empresarial que é capaz de demonstrar quais rumos devemos tomar para alcançar o lucro.

Quando o negócio pratica o orçamento empresarial de maneira detalhada e realista, tem a oportunidade de estabelecer metas claras e direcionar os recursos de forma eficiente para alcançá-las.

Vamos a um exemplo de uma loja de confecções que trabalha com orçamento empresarial.

Os empreendedores da loja estimaram no orçamento, vendas mensais no valor de 100 mil reais e para isso realizariam um investimento intenso em marketing, principalmente nas redes sociais, que representaria 10% do valor das vendas, ou seja, 10 mil reais.

Muito bem! Passado o primeiro e segundo mês, os empreendedores foram comparar os valores orçamento versus o realizado e perceberam que muito embora tenham feito investimentos de 10 mil reais, as vendas médias mensais alcançaram somente 70 mil reais.

E aqui, já falo a primeira verdade sobre o orçamento empresarial, que é…

O papel aceita tudo!

Será que realmente a loja de confecção, mesmo realizando uma ação agressiva de marketing, tem mercado para realizar as vendas que foram projetadas?

Será que a precificação está definida corretamente para o público-alvo do negócio?

Veja, são simples questionamentos que dizem muito sobre como o orçamento empresarial pode ser confeccionado de forma errônea se os empreendedores não tiverem experiência de mercado, conhecimento do ramo de atuação e conhecimento de precificação com base nos custos e no mercado.

Agora a outra verdade… 

O orçamento empresarial requer acompanhamento mensal

Não adianta criar o orçamento e esquecê-lo na gaveta. 

Mensalmente, é necessário conferir o que está acontecendo no mundo real, comparando o orçamento com os resultados reais. 

Onde estão as discrepâncias? 

O que funcionou conforme o planejado e o que saiu dos trilhos?

O orçamento empresarial não pode ser uma peça estática, ele deve ser revisto e revisado sempre que necessário para não acontecer o que disse no exemplo, onde o gasto projetado com marketing era de 10% das vendas e atingiu mais de 14%. Isso é um sinal!

Então, é hora de corrigir a rota. Reavaliar as estratégias e ajustar os recursos.

Leia Também: Orçamento empresarial passo a passo

O orçamento é diferente de caixa!

A premissa do orçamento empresarial é considerar as vendas. Das vendas abater as deduções (como impostos e descontos). Após isso, fazer a dedução dos custos e despesas, para assim se chegar ao lucro projetado.

Mas acontece que quando trazemos isso para o caixa, pode ser um pouco diferente. E um dos motivos, são os parcelamentos das vendas.

Se foi previsto no orçamento realizar vendas mensais de 70 mil reais, mas não foi considerado que estas vendas serão parcelas em até 5x por exemplo, isso interfere diretamente no caixa.

Isso porque até que o caixa consiga atingir o valor de 70 mil reais de entrada vai levar meses, se todas as vendas forem parceladas, com isso, haverá desequilíbrio no fluxo de caixa, caso os gastos também não sejam bem parcelados.

E como resolver isso? 

Através da compatibilização dos prazos médios de recebimento e prazos médios de pagamento.

Funciona assim:

Se o prazo médio de recebimento das vendas do negócio é de 90 dias. O negócio não pode gastar em grandes volumes com um prazo menor que 90 dias, senão vai faltar dinheiro para pagar as contas.

Outra estratégia é realizar vendas somente no cartão de crédito. 

Desta forma resolve-se o problema de fluxo de caixa, com a antecipação das vendas a prazo para receber a vista e evita a inadimplência que é outro problema que pode afetar o caixa.

Mas cabe um alerta!

Esta antecipação, gera tarifas e juros que abatidos sobre as vendas, diminuem o valor líquido que entra no caixa. Por isso, as tarifas e juros das vendas parceladas no cartão de crédito devem estar embutidas no preço de venda.

Leia Também: APRENDA como montar um ORÇAMENTO DE VENDAS para os NEGÓCIOS

As projeções devem ser orçadas de forma realista

Não adianta projetar que vai vender horrores, e isso não acontecer. Porque uma vez que você projeta a receita, você também projeta os gastos e sabe o que geralmente acontece?

Mesmo a receita não se realizando conforme o que foi projetado no orçamento, os gastos acabam ocorrendo como foi orçado.

E o resultado disso é um furo no caixa da empresa!

Então, não adianta ser muito otimista na realização do orçamento, o ideal é ser realista com uma dose de pessimismo. 

Por isso aconselho, sempre que possível, ao projetar o orçamento empresarial, que se trabalhe com cenários: realista, pessimista e otimista.

No cenário realista:

As projeções são baseadas em dados históricos e nas condições atuais do mercado. Este é o cenário mais provável de ocorrer, considerando as circunstâncias atuais e as tendências observadas. 

Por exemplo, uma loja de roupas pode fazer projeções realistas de vendas para o período com base no desempenho do ano anterior e nas atuais tendências de mercado. 

Isso pode e deve incluir previsões de aumento nas vendas durante os meses de verão e uma desaceleração durante os meses de inverno, por exemplo.

No cenário Pessimista:

No cenário pessimista, as projeções das receitas e das despesas são mais conservadoras e consideram possíveis eventos adversos que possam afetar o desempenho financeiro da empresa. 

Por exemplo, a mesma loja de roupas pode fazer projeções pessimistas de vendas para o próximo período, levando em conta a possibilidade de uma recessão econômica ou uma crise de saúde pública que afete o comportamento do consumidor. 

Isso pode resultar em projeções de vendas mais baixas e uma abordagem mais cautelosa com os gastos e uma freada nos investimentos.

No cenário otimista:

As projeções são mais ambiciosas e refletem um cenário onde tudo sai conforme o planejado e as condições do mercado são extremamente favoráveis. 

Voltando ao exemplo da loja de roupas, um cenário otimista pode incluir projeções de vendas significativamente mais altas do que as do cenário realista, baseadas na expectativa de uma forte recuperação econômica e um aumento do poder de compra dos consumidores e até em uma alta dos preços de vendas que podem ser facilmente absorvidos pelos clientes.

Então perceba que orçamento empresarial deve considerar tanto as variáveis internas dos negócios, que podem ser mais facilmente controladas, quanto as variáveis externas, que muitas vezes não podem ser controladas e precisam ser enfrentadas.

O controle dos gastos é essencial

O descontrole nos gastos, mesmo os mais simples, tendem a se avolumar e gerar problemas de resultado e no caixa.

É aquele exemplo de negócios que sempre precisam contratar colaboradores, porque sempre tem serviços para fazer e os que estão lá não dão conta. 

E por que isso acontece?

Por causa da falta de pessoas para realizar ou produtividade baixa?

E este foi apenas um exemplo.  Quer outro?

O ideal em um orçamento empresarial é que cada linha tenha um dono, se não houver orçamento por departamentos, onde cada gestor já será responsável pelos seus números.

Por exemplo, a área de vendas é responsável pela receita, então ela deve prestar contas do seu desempenho.

A área financeira, é responsável pelos gastos com juros, tarifas bancárias, inadimplência e outras mais, então deve prestar contas de cada um destes gastos.

E assim vai linha a linha.

Chamamos isso nos negócios da cultura da responsabilidade financeira.

Quando os envolvidos nos processos do negócio, entendem a importância de gerenciar os recursos com eficiência, estão mais propensos a adotar práticas responsáveis de gastos e contribuir para que o orçamento seja cumprido.

Leia Também: CONHEÇA os caminhos para ORGANIZAÇÃO FINANCEIRA dos NEGÓCIOS

O orçamento empresarial deve envolver todo o negócio

O orçamento empresarial não é uma peça somente do dono ou dos gestores dos negócios, ele deve ser compartilhado com todos os membros da equipe, especialmente aqueles que estão diretamente envolvidos nas operações diárias e na geração de receita. 

A participação dos departamentos ou setores na montagem e execução do orçamento é crucial por várias razões. Quando envolvemos os colaboradores na execução do orçamento, estamos atribuindo responsabilidade compartilhada pela execução do orçamento.

Além disso, é importante que o orçamento seja construído em várias mãos.

Cada gestor e departamento tem um conhecimento específico das operações e necessidades do seu setor e isso é essencial para garantir que o orçamento seja abrangente, realista e alinhado com os objetivos estratégicos da empresa.

Para ilustrar, posso falar do departamento de vendas, por exemplo, que pode fornecer projeções realistas de vendas com base nas campanhas de vendas planejadas, enquanto o departamento de produção pode estimar os custos de fabricação e os requisitos de pessoal para atender à demanda prevista.

O objetivo é que cada gestor se torne um defensor das metas financeiras estabelecidas no orçamento, trabalhando em conjunto para alcançá-las.

Orçamento empresarial uma ferramenta poderosa

Até aqui te mostrei que o orçamento é uma ferramenta poderosa quando utilizada de maneira realista, permitindo estabelecer metas e direcionar para que os recursos sejam utilizados de forma eficiente.

Te mostrei que os negócios devem ser preparar para as variáveis que pode controlar, que são as variáveis internas, mas também deve buscar analisar possíveis ameaças e oportunidade externas, que não são facilmente controladas, e para isso, trabalhar com cenários no orçamento possibilita uma visão mais abrangente e preparada para os desafios.

Espero que tenha compreendido que o orçamento empresarial em si, não é o que controla os gastos dentro dos negócios, ele demonstra o caminho a seguir, mas cabe a gestão do dia a dia, estabelecer estratégias e ações que tornarão os números reais e para isso a cultura de controle de gastos é essencial.

Lembre-se, o orçamento deve trazer mudanças para o negócio. Ao compartilhar a confecção do orçamento com outros pares, estamos criando a cultura da responsabilidade financeira. E, essa responsabilidade financeira é um dos pilares de mudanças dentro dos negócios para o atingimento dos números orçamentários.

Para você meu amigo empreendedor, ou profissional na área que atua em empresas, fica a dica!

  • Mantenha atualizado os dados financeiros do negócio;
  • Revise regularmente o orçamento comparado com o realizado e faça os ajustes necessários; e,
  • Esteja aberto a mudanças em busca de melhores práticas financeiras e de negócios.

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